sexta-feira, 28 de março de 2008

Mesossauro

crédito da imagem

Este pequeno réptil existiu antes dos dinossauros, na era Paleozóica e estava adaptado a ambientes aquáticos (água doce) e terrestre e foram encontrados fósseis seus em África e na América do Sul, sendo muito frequentes no sul e sudeste do Brasil.

Uma vez que este animal não podia ter atravessado o oceano atlântico, aquela descoberta apoiou a teoria de que os continentes se movem.

Mas o percurso deste pequeno réptil não fica por aqui pois foram encontrados fósseis de Mesossauro no nordeste do Brasil. A razão parece estar relacionada com o facto de, naquela época, no interior do Brasil existir um lago gigante irrigado, entre outros, por um rio que inundava o Brasil e chegava até às terras que hoje fazem parte de África: o imenso rio Amazonas.

Informação recolhida em wikipedia e Cosmo

quarta-feira, 26 de março de 2008

Sucessão Ecológica: A ilha mais nova do Oceano Atântico

Ilha de Surtsey

(crédito da imagem)


Surtsey é uma ilha vulcânica situada perto da costa sul da Islândia. A erupção vulcânica que lhe deu origem ocorreu na década de 60, o que faz dela, seguramente, a ilha mais nova do Oceano Atlântico.
Colonização e ecologia

Flora


As primeiras espécies (espécies pioneiras) que se fixaram foram musgos e líquenes. À medida que as aves se foram fixando na ilha, as condições do solo foram melhorando e espécies vegetais mais complexas puderam iniciar a colonização do território. Em 1988 foi assinalada a presença do primeiro arbusto
Até ao presente cerca de 60 espécies de plantas foram assinaladas em Surtsey. Novas espécies vegetais continuam a chegar à ilha, a um ritmo que se aproxima das 2 a 5 novas espécies por ano.

Avifauna

(Crédito da imagem)


A fixação de aves na ilha tem influenciado e sido influenciada positivamente pela fixação de plantas, uma vez que as aves fertilizam o solo e espalham as sementes, mas também usam as plantas para a construção de ninhos.
As primeiras aves começaram a nidificar em Surtsey três anos após o termo da erupção, sendo as primeiras espécies a fixarem-se o fulmar (ou pardelão) e o airo. Uma colónia de gaivotas está presente na ilha desde 1986, e em 2004 foram encontradas as primeiras provas da nidificação de papagaio-do-mar atlântico na ilha. Na actualidade são 8 as espécies que se fixaram na ilha.
Para além de providenciarem habitat para algumas espécies de aves, Surtsey é também utilizada como ponto de paragem para aves migratórias, tais como o cisne, o ganso e alguns corvos.

Fauna marinha

(crédito da imagem)


Pouco depois da ilha se ter formado, ela passou a ser habitada por focas, tendo-se em 1983 assinalado a presença de crias de foca na ilha
A presença de focas atrai as orcas, que agora frequentam também as costas de Surtsey.
Na porção submarina da ilha encontram-se já numerosas espécies marinhas: estrelas-do-mar, ouriços-do-mar e lapas. As rochas estão recobertas por algas de variadas espécies, que recobrem as vertentes submersas do vulcão.
Outras formas de vida

(crédito da imagem)


Logo após a formação da ilha foram aí descobertos insectos voadores que terão sido levados para ilha pelo vento ou pelos seus próprios meios de voo. Estes animais serviram de alimento para as aves, enquanto estas, por sua vez, trouxeram para a ilha outras espécies de insectos. Os cadáveres de aves forneceram sustento a insectos carnívoros, enquanto que a fertilização do solo e a fixação de plantas mais complexas permitiu fixar espécies de invertebrados herbívoros.
Entre as espécies que têm sido encontradas no solo de Surtsey contam-se minhocas, a primeira das quais foi descoberta numa amostra recolhida em 1993; a lesma, que foi encontrada em 1998, parecendo ser originária do sul da Islândia; populações de aranhas, de escaravelhos.

O futuro de Surtsey

Nas próximas décadas, a par de alguma erosão e compactação de terras, prevê-se o aumento da biodiversidade de Surtsey, com o aumento da qualidade do solo e o estabelecimento de uma teia alimentar cada vez mais complexa. No entanto, é preciso não esquecer que este ecossistema deve continuar a ser preservado, de modo a ser minimizado qualquer impacto negativo.

Mais informações em: Wikipédia; Vulkaner

quinta-feira, 20 de março de 2008

Dia da Árvore

Começou a Primavera

Crédito da imagem: Natura - Freies Portal für Umweltbildung

Hoje, Quinta-feira, 20 de Março, é o primeiro dia de Primavera.

O Equinócio de Março, momento que determina o início desta estação do ano ocorreu às 05:48 e a Primavera estender-se-á até 21 de Junho, às 00:59, hora do Solstício de Verão.

Segundo se pode verificar na página da wikipédia, a palavra equinócio vem do Latim e significa "noites iguais". Os equinócios acontecem em Março e Setembro, as duas ocasiões em que o dia e a noite têm duração igual e determinam o início da Primavera e do Outono.

Programa-Lince: O Lince está de volta ao blog

Créditos da imagem: Aldeia de Malcata

Na mensagem relativa ao Lince-Ibérico, recebemos um comentário da Liga para a Protecção da Natureza que dá conta da existência do "Programa Lince", resultante de uma parceira conjunta entre a Liga para a Protecção da Natureza (LPN) e a Fauna & Flora Internacional (FFI). Actualmente este programa trabalha no sentido da recuperação, gestão e conservação do habitat da espécie e das suas presas no Sul de Portugal.

O comentário feito demontra que este blog tem razão de ser e é um estímulo para a continuidade deste. Obrigado pelo reconhecimento.

Para saber mais:
Programa Lince
Liga para a Protecção da Natureza (LPN)
Fauna & Flora Internacional (FFI)


Os links para as páginas da LPN e FFI estão colocados na barra lateral em "Páginas de Ciência"

terça-feira, 18 de março de 2008

On The Turning Away: Pale Blue Dot (Carl Sagan e Pink Floyd)

Um excelente vídeo que nos recorda Carl Sagan, um dos grandes divulgadores de Ciência e que, a partir dos 35 segundos, o associa à música dos Pink Floyd (On the turning away).

Este é um vídeo sobre um pálido ponto azul existente no Universo: a Terra

Para ver e ouvir bem alto.

sábado, 15 de março de 2008

Professor português ganha prémio europeu de Ciência


Nuno Crato, professor, matemático e divulgador científico, foi o primeiro português a ser distinguido com um prémio na área da Comunicação da Ciência dos European Science Awards, atribuídos pela Comissão Europeia, tendo ficado em segundo lugar na categoria de Melhor Comunicador do Ano

O júri europeu salientou a colaboração ininterrupta com os vários meios de comunicação social e a contribuição de Nuno Crato como Presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática para a promoção de eventos de popularização da matemática entre os jovens. O júri destacou ainda várias obras publicadas, como A Espiral Dourada e o Passeio Aleatório.

Actualmente podemos vê-lo numa rubrica do programa "ABCiência", na RTP1 e RTPn.

A notícia completa pode ser encontrada no jornal SOL

sábado, 8 de março de 2008

Portugal Animal: Lince-Ibérico (Lynx pardinus)

crédito da imagem

Depois de termos iniciado a série “Portugal Natural” com o rio Sousa começamos agora a série “Portugal Animal” com o Lince-Ibérico.
Nesta série pretendemos divulgar a fauna portuguesa de modo a podermos conhecer o nosso património e a sensibilizar para a sua preservação.

Características
O Lince-Ibérico é um felídeo de pelagem castanho-amarelada com pintas negras e cauda curta com a ponta preta. Uma característica muito particular é o facto das orelhas possuírem nas extremidades pêlos rígidos em forma de pincel.
É um predador de topo de hábitos crepusculares/nocturnos que se alimenta preferencialmente de coelhos, ou de outros pequenos mamíferos. Procura habitats “em mosaico”, seleccionando bosques, matagais e matos densos para abrigo e reprodução, alternando com biótopos abertos para captura de presas e evita habitats artificializados, nomeadamente plantações florestais de exóticas e extensos campos agrícolas,
A gestação demora dois meses e as crias nascem em Março/Abril, registando-se 2-4 crias em cada ninhada, sobrevivendo duas à fase de aleitamento.

Distribuição
O Lince-Ibérico é um símbolo da fauna portuguesa apesar de, aparentemente, já não existir no nosso país. Este mamífero, que apenas existe na Península Ibérica, é considerado o felino mais ameaçado do mundo, calculando-se que existam apenas cerca de 200 indivíduos distribuídos por vários grupos dispersos em resultado da fragmentação do seu habitat natural e da diminuição do número de presas.
A existência de um programa de conservação e reintrodução do lince-ibérico, subscrito pelo Governo central, pela Andaluzia, Extremadura, Castela-La Mancha e Portugal poderá salvar este magnífico animal da extinção. No Parque natural de Doñana (Andaluzia) têm nascido algumas crias de lince, o que apesar de ser bom pode não ser significativo, uma vez que para evitar o desaparecimento da espécie deve haver uma preocupação extrema com a preservação do seu habitat natural, onde ele possa ser (re)introduzido. Na região sul do nosso país existem vários locais que mantêm características adequadas para a presença de lince ou que podem ser melhoradas para permitir a sua recuperação/reintrodução a médio/longo-prazo.
O objectivo é que esta espécie deixe de figurar na lista vermelha do Perigo de Extinção em 2011, para passar a espécie Em Perigo e que, em 2020 possa ser, apenas, espécie Vulnerável.

Informação recolhida em:

http://www.confagri.pt/
http://carnivora.fc.ul.pt/lince.htm
http://clubedaciencia-mlamas.blogspot.com/2008/01/lince-ibrico.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lince-ibérico
http://www.icn.pt/psrn2000/caracterizacao_valores_naturais/FAUNA/mamiferos/Lynx%20pardinus.pdf

segunda-feira, 3 de março de 2008

Tempestade "Emma" atinge Europa


Este fim-de-semana vários países da Europa central foram atingidos pela tempestade Ema, a qual causou 14 mortos e milhões de euros de danos materiais (notícia completa em aqui)
Na curta vida deste blog esta é a terceira mensagem que colocamos acerca de fenómenos climáticos extremos que atingiram a Europa o que dá que pensar ...

sábado, 1 de março de 2008

Prevenir os efeitos do Aquecimento Global


Esta semana, foi notícia o armazenamento, no arquipélago norueguês de Svalbard, de sementes de milhares de plantas que nos servem de alimento, como forma de prevenir uma eventual extinção destas espécies em consequência do aquecimento global ou de qualquer outra causa de desequilíbrio dos ecossistemas. Estas sementes são guardadas em condições que asseguram uma viabilidade de alguns milhares de anos
Este facto é a confirmação de que o planeta enfrenta sérios riscos e que a biodiversidade do planeta está comprometida se o nosso modo de vida não se alterar. Simultaneamente, é uma atitude preventiva e um exemplo para o mundo.
É verdade que actos destes exigem grandes possibilidades económicas da parte dos governos mas, quantos o podiam fazer e não o fazem, preferindo ignorar o risco em prol da obtenção de um maior lucro? Quantos estados com desafogo financeiro, canalizam essas verbas para fins menos nobres em detrimento da sustentabilidade do planeta?
É tempo de outros governos agirem, permitindo a manutenção do equilíbrio do Planeta.


Podem encontrar a notícia completa no "Jornal de Notícias" ou no "Site da Noruega em Portugal"