Ilha de Surtsey
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Surtsey é uma ilha vulcânica situada perto da costa sul da Islândia. A erupção vulcânica que lhe deu origem ocorreu na década de 60, o que faz dela, seguramente, a ilha mais nova do Oceano Atlântico.
Colonização e ecologia
Flora
As primeiras espécies (espécies pioneiras) que se fixaram foram musgos e líquenes. À medida que as aves se foram fixando na ilha, as condições do solo foram melhorando e espécies vegetais mais complexas puderam iniciar a colonização do território. Em 1988 foi assinalada a presença do primeiro arbusto
Até ao presente cerca de 60 espécies de plantas foram assinaladas em Surtsey. Novas espécies vegetais continuam a chegar à ilha, a um ritmo que se aproxima das 2 a 5 novas espécies por ano.
Avifauna
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A fixação de aves na ilha tem influenciado e sido influenciada positivamente pela fixação de plantas, uma vez que as aves fertilizam o solo e espalham as sementes, mas também usam as plantas para a construção de ninhos.
As primeiras aves começaram a nidificar em Surtsey três anos após o termo da erupção, sendo as primeiras espécies a fixarem-se o fulmar (ou pardelão) e o airo. Uma colónia de gaivotas está presente na ilha desde 1986, e em 2004 foram encontradas as primeiras provas da nidificação de papagaio-do-mar atlântico na ilha. Na actualidade são 8 as espécies que se fixaram na ilha.
Para além de providenciarem habitat para algumas espécies de aves, Surtsey é também utilizada como ponto de paragem para aves migratórias, tais como o cisne, o ganso e alguns corvos.
Fauna marinha
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Pouco depois da ilha se ter formado, ela passou a ser habitada por focas, tendo-se em 1983 assinalado a presença de crias de foca na ilha
A presença de focas atrai as orcas, que agora frequentam também as costas de Surtsey.
Na porção submarina da ilha encontram-se já numerosas espécies marinhas: estrelas-do-mar, ouriços-do-mar e lapas. As rochas estão recobertas por algas de variadas espécies, que recobrem as vertentes submersas do vulcão.
Outras formas de vida
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Logo após a formação da ilha foram aí descobertos insectos voadores que terão sido levados para ilha pelo vento ou pelos seus próprios meios de voo. Estes animais serviram de alimento para as aves, enquanto estas, por sua vez, trouxeram para a ilha outras espécies de insectos. Os cadáveres de aves forneceram sustento a insectos carnívoros, enquanto que a fertilização do solo e a fixação de plantas mais complexas permitiu fixar espécies de invertebrados herbívoros.
Entre as espécies que têm sido encontradas no solo de Surtsey contam-se minhocas, a primeira das quais foi descoberta numa amostra recolhida em 1993; a lesma, que foi encontrada em 1998, parecendo ser originária do sul da Islândia; populações de aranhas, de escaravelhos.
O futuro de Surtsey
Nas próximas décadas, a par de alguma erosão e compactação de terras, prevê-se o aumento da biodiversidade de Surtsey, com o aumento da qualidade do solo e o estabelecimento de uma teia alimentar cada vez mais complexa. No entanto, é preciso não esquecer que este ecossistema deve continuar a ser preservado, de modo a ser minimizado qualquer impacto negativo.